Cris D Curiosidades

A musica eletrônica veste uma roupa?

julho 02, 2019portalundergroundbrasil@gmail.com



Iniciamos o Papo Produtivo, um espaço aonde serão abordados temas, dicas, ideias, e curiosidades em geral sobre a cena eletrônica, com a assinatura e parceria do nosso grande amigo Cris d.
Cris é um nome consolidado da cena, seja como DJ, produtor musical e também como produtor de eventos, e acima de tudo um entusiasta da cultura eletrônica e frequentador assíduo do local mais importante da festa: A pista!

Com vocês:


Papo Produtivo

Por: Cris d.

A musica eletrônica veste uma roupa?

Pense rápido, se você fosse definir quem vai em festas de musica eletrônica, qual seria a vestimenta? Você tem 5 segundos!

Pensou? Qual foi sua resposta? Agora peça para outras 5 pessoas e eu DUVIDO que vão ser as mesmas que você!

A Musica eletrônica consiste desde seu surgimento em unir as diversas tribos em uma única musica, assim fica impossível você impor limites a vestimentas dentro de um clube, festival e entre outras. Claro que muitas vezes associam que devemos ir de preto para sets technos ou todo colorido se vamos a festas de house music, mas segmentar tudo isso está mais que errado. Li alguns comentários a uns dias sobre “usar camisa de botão e salto alto em festas de musica eletrônica é errado” e pensei sobre isso, afinal, será que realmente é errado? Será que conhecemos mesmo essas pessoas que se vestem assim? Julgar alguém que muitas vezes trabalha 8 ou até 12 horas em seu dia para pode comprar o que quiser e se sentir à vontade com sua camisa branca faz pensar o seguinte: se cobramos tanto a união e o respeito mediante ao próximo, porque julgamos alguém que não faz parte dos nossos padrões?

Artistas como Dixon, por exemplo, usam camisas de botão em festivais para 20 ou 30 mil pessoas diferente de artistas como Fango que tocam praticamente sem camisa e porque eles importam o som, mas quando é alguém de pista estamos a julgar?

Comece a pensar sobre como se porta mediante a esses casos, porque ao ponto que você criar um pré-julgamento sobre essa pessoa e sem ao menos conhecer, mas que as suas roupas falem antes de você melhor ela não está sendo nada coerente com todos textos criticando diversas ações em suas redes sociais. Já vi tanta garota aguentar 8 horas de festa em um salto alto como algumas de tênis baixinho pronta para dançar mais 8, já vi camisetas coloridas e roupa social dançando juntos e sabe o que me importou nisso tudo? O quanto elas saíram felizes daquela festa.

Está mais do que na hora de paramos de segmentar algo, criar grupos do A, B ou C só porque achamos que nosso gosto é obsoleto e dessa vez nem falo de musical, falo de tudo aquilo que achamos certo no modo do outro de vestir, pois saiba que JAMAIS o seu gosto será unanimidade e nem transforme isso em um jeito de ser preconceituoso com o próximo.

Respeite o a todos, não importa se está colorido, preto e branco, vestido longo ou curto, camisetão ou camisa, o que importa acima de tudo isso é entender o próximo! Se paramos para pensar, isso nem deveria ser um assunto a ser pausado, afinal, você vai para uma festa escutar musica boa ou julgar as vestimentas que viu na noite? Pare e pense um pouco como você tem gasto sua energia na noite e ajude a construir uma cena melhor.

E respondendo à pergunta que fiz na primeira frase:

- A única vestimenta que resumi a musica eletrônica é a da alegria, essa sempre tem que estar cobrindo o máximo de gêneros, raças e pessoas possíveis! Vista o amor!




Cris d. tem como principal característica a criatividade. Ele como um verdadeiro nerd é ligado em
quadrinhos e aficcionado por filmes e series. E com isso torna sua inspiração unir música com suas
referências fora da pista e através delas acaba criando suas músicas. Por meio de laptops, synths, e
controladoras MIDIs passa tudo isso em forma de som para as pistas.
Um de suas produções, “Fox” bateu top 1 em vendas de releases na categoria deephouse no Beatport em 2018.
Atualmente é DJ residente do Muinho Farroupilha e da festa Minimo (Santa Maria) e promove a label Beat On Me que vem se destacando cada vez mais no cenário da serra gaúcha.

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