DJs Macedo

Falamos com Macedo, um dos nomes promissores para cena gaúcha de 2019

dezembro 27, 2018portalundergroundbrasil@gmail.com




Roberto Macedo aka Macedo é um agitador cultural da região de Santa Maria, cidade que possui uma das cenas mais prolíferas de todo o Brasil. Sua trajetória na música tem sido pautada com muito estudo, empenho e dedicação para o desenvolvimento macro da cena. Paralelamente a isso, Macedo tem fortalecido seu perfil artístico e aos poucos, no tempo certo, tem se tornado um dos novos nomes a se observar dentro do sempre interessante hall de DJs e produtores gaúchos. Após um 2018 de transformações e às vésperas de um 2019 promissor, Macedo nos recebeu para um bate-papo exclusivo. Confira:


1 - Olá, Macedo! Tudo bem? Como parte da cena do Rio Grande do Sul, como você avalia a temporada de música eletrônica no estado?

Olá, Portal Underground! É um prazer imenso conversar com vocês.

O ano de 2018 sem dúvidas foi de extrema importância na cena gaúcha. Tendo em vista que estamos num estado onde o cenário eletrônico é bem consolidado, a temporada serviu para confirmar ainda mais esse crescente posicionamento. Tivemos por aqui a apresentação de grandes nomes da indústria, surgimento de novas labels, clubs, DJs e produtores, o que confirma a ascensão da cultura da música eletrônica na nossa região. Além, é claro, de todos os nomes influentes que já temos há tempos por aqui.


2 - Particularmente, como você tem procurado se inserir no primeiro escalão da cena gaúcha?

Acredito que não exista uma fórmula para essa inserção. O que procuro fazer é estar bem preparado para as oportunidades. Procuro manter o foco na carreira do projeto Macedo, sempre buscando o conhecimento e aprimoramento tanto na pista, quanto no estúdio, onde ainda me sinto num processo de maturação.


3 - Atualmente, como funciona sua rotina de trabalhos relacionado a música? Algo está para mudar nos próximos meses?

Estou com uma rotina bem movimentada nos últimos meses. Tenho dividido os dias entre a curadoria artística do projeto Under Station e os estudos, tanto na teoria, como na produção musical.

Geralmente, pela parte da manhã procuro desenvolver o conhecimento na produção musical, seja ele por meio de estudos e práticas no daw (Ableton Live) ou através de estudos no piano. Valorizo muito a parte da manhã e a madrugada para produzir, principalmente a madrugada, pelo fato de saber que nesse horário não tenho telefone para atender, e-mails pra responder, enfim... consigo me dedicar exclusivamente ao meu foco principal.

Já durante a tarde, é o período que deixo pra fazer as tarefas operacionais e burocráticas ligadas a minha carreira e a Under Station. Planejei essa rotina até maio de 2019, quando terei um novo desafio, uma grande realização, mas por enquanto preciso manter em segredo.

4 - A Under Station é um dos principais projetos de música eletrônica em Santa Maria Conta pra gente como a festa começou e quais são seus principais planos para o futuro com relação a ela?

Tudo começou a partir de um convite realizado pelo meu sócio na label, o Erick Neu. No final de 2017 ele estava num processo de reconstrução da PVT Boiler Room, uma das privates party mais importantes da região. Essa ideia de reconstrução passava por uma mudança significativa no posicionamento da marca. O nome, por exemplo, já que tínhamos uma necessidade lógica de mudança devido a propriedade intelectual.

Junto com esse convite feito pelo Erick, havia surgido uma oportunidade de apresentar um programa voltado para dance music na rádio Atlântida SM. Unimos as ideias e assim nasceu a Under Station. Tendo em vista todas as mudanças envolvidas, sabemos que estamos a todo o vapor com o desenvolvimento da marca, buscando a consolidação entre as grandes labels da cidade.

Em 2018, tivemos 5 edições da festa, mas a tendência para 2019 são de 3 gigs, com maior espaço de tempo entre elas e com um porte maior do que o apresentado até então. As edições serão em fevereiro, maio e outubro.




5 - Como você avalia o seu atual perfil sonoro de produção musical e discotecagem? De uma forma geral, você sente que eles estão caminhando para o mesmo destino?

O objetivo é esse, alinhar o perfil sonoro da discotecagem com a produção. Busco de forma contínua o conhecimento necessário para atingir o nível e o resultado de sonoridades que utilizo nos meus sets. Como a minha formação como DJ se deu em club (agradeço muito ao saudoso Absinto Hall), o meu perfil se desenvolveu sempre com foco na pista.

De uma forma geral, digamos que estou no nível 6, de uma escala de 0 a 10 nas produções, mantendo o foco e superando os desafios diários para realizar alguns lançamentos ainda no primeiro semestre de 2019.


6 - Quais são as suas grandes referências dentro e fora da música eletrônica?


Na música eletrônica minhas referências passam por Laurent Garnier, Erick Morillo e Joris Voorn. Já pra vida, minhas referências são meu pai e minha mãe.


7 - Qual a grande mensagem que você busca transmitir através da sua música?



Sempre busco uma mensagem positiva em minhas músicas, seja por meio de melodias marcantes ou grooves envolventes. O objetivo é cativar as pessoas de uma forma que elas se sintam alegres, descontraídas e contagiadas por uma energia positiva.


Foi um prazer trocar essa ideia com vocês, desejo um 2019 cheio de prosperidade para todos nós. Obrigado pelo bate-papo!

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