Curiosidades Daniel Dalzochio

Entrevista com DJ e Produtor Daniel Dalzochio, dono da Dalzochio Music

março 24, 2016portalundergroundbrasil@gmail.com


Entrevistamos o DJ e produtor gaúcho Daniel Dalzochio, que reside em São Paulo há 9 anos. Dono da Dalzochio Music, tem o amor pela música fazendo parte de sua vida desde muito novo. Atualmente está com 4 discos de vinil no mercado, lançados pelo seu próprio selo, Dalzochio Music, e está indo para o release digital de número 30. Figura constantemente nos charts das principais lojas de música, toca onde sempre quis tocar. Este ano, Daniel participará da Winter Music Conference em Miami, pelo oitavo ano seguido. Confira a entrevista ouvindo set que ele gravou especialmente para nós do Portal Underground:


Quando começou a sua carreira como DJ?
Sempre esteve no sangue. Aos 4 anos de idade eu já editava fitas cassete, com 10 anos brincava de DJ, com 14 anos um amigo estava de aniversário, então, ao invés de alugar equipamento de som para a festa, compramos em sociedade. 

O que te levou a querer ser DJ?
Sempre gostei de música e de equipamentos de som. Com 4 anos de idade ouvia e editava disco-music, tiradas dos vinis do meu pai. Não tinha como ser diferente. Hoje coleciono discos de vinil e mixers rotativos.

Como foram as primeiras festas que tocou?
No início tocava por bebida e mais uns trocados. Eram festas sem um estilo musical definido. Tocava desde pop, rock até eletrônico. 

Quando começou a tocar profissionalmente?
Em 1991, ainda aos 14 anos de idade já tocava profissionalmente de 4ª à sábado, como residente numa boate na cidade de Farroupilha/RS (Boate Pinho de Lua, no restaurante Parque dos Pinheiros).


Como foi o seu primeiro contato com a música eletrônica?
Com 4 anos de idade, ouvindo o que eu considerava “música eletrônica” da época, que era Dee D. Jackson - Automatic Lover. Depois veio Kraftwerk, no comercial da Starsax. Mas o mais importante, o que mudou tudo, foi quando frequentei a festa Fulltronic, em POA/RS. 

Como nasceu o amor pela música?
Nasceu naturalmente. Eu estudava de manhã e ficava em casa à tarde. Enquanto minha mãe trabalhava, eu ficava escutando os discos do meu pai e também os programas de DJs nas rádios.

O que a música significa para você?
Eu já vivi só de música, ou seja, além de amor, era também necessidade. Hoje tenho outra fonte de renda, não tenho mais a necessidade de tocar/produzir para sobreviver. Sobrou só o amor. 

Qual é o estilo musical que você mais escuta por prazer?
É o estilo que eu toco mesmo, Deep-Tech House. Fora isso, frequento bares e shows de Rock e Jazz. 

E para compôr os seus sets, qual é o estilo musical que você prefere? Por que?
Vou desde a Disco-Music, passando pelo House e em alguns casos, posso chegar até o Techno, pois toco em lugares, horários e para públicos variados. 

Se você pudesse escolher uma música como a melhor música de todos os tempos, qual você escolheria? 
Coloquei elas no set. Agora vocês terão que ouvir. Tem novas e também antigas. (Confira o set no início da matéria)

Sobre seus ídolos e inspirações: Você se espelha em algum DJ?
Em vários. Dentre eles, Fabricio Peçanha (pela seleção musical), Karizma (pela técnica), Jask (pela finesse e bom gosto), Marky (pela versatilidade), Wander A (por ser oldschool), Mark Rocha (pelo trabalho que vem fazendo na noite paulista), Renato Cohen (pela produções), Eli Iwasa (pelo carisma), etc. 

Qual foi o melhor momento da sua carreira?
Sempre será o momento atual, pois o passado só serve como fonte de referência. Eu poderia contar um monte de historinhas aqui, tipo, quando morei e toquei no México, também nos EUA, na África, etc, mas ninguém iria querer me contratar por isso. O público se renova e se você não continuar trabalhando, será apenas parte da história, o que não te garante um futuro. 
No momento estou com 4 discos de vinil no mercado, lançados pelo meu próprio selo (Dalzochio Music), vou para o release digital de número 30, estou constantemente nos charts das principais lojas de música, toco onde eu sempre quis tocar… E este ano participo da Winter Music Conference em Miami, pelo oitavo ano seguido. 

Onde você prensa os discos de vinil?
Na Alemanha, pois lá consigo atingir uma das melhores qualidades do mundo.

Quando/como você começou a produzir?
No final de 2006 me mudei para São Paulo. Aqui eu já conhecia a DJ Mari Rossi, que me apresentou o Jr Deep (Drumagick), sócio da escola Beatmasters. Era um desejo de anos, que se concretizou logo que cheguei em SP. Lá estudei Reason e Cubase, mas logo mudei para o Logic, influenciado pelo amigo Alexandre Zee (Azee Project). Hoje ambos (Drumagick e Azee Project) lançam no meu selo. 

Sobre as tracks que você já produziu: Qual é a sua inspiração?
Minha inspiração sempre foi a pista de dança. Saio para ver amigos tocar e na volta chego em casa inspirado, vou direto para o estúdio. No dia seguinte me surpreendo com o que gravei. 

Suas produções foram tocadas por DJs que você admira?
O formato vinil me permitiu atingir DJs que não viam a minha música da mesma forma. Dentre eles, Renato Cohen e Mau Mau. 

Como você se sentiu quando descobriu que suas tracks haviam sido tocadas por eles?
Fiquei em choque quando o Mau Mau falou que tinha tocado várias vezes um vinil que dei para ele. Mas fiquei triste quando o Renato Cohen me mandou uma mensagem falando que tinha tocado meu vinil na Lions Club e eu tinha acabado de ir embora de lá. 

Quais são suas projeções para o futuro?
Lançar toda a discografia do meu selo em vinil, fazer novas parcerias com os artistas que admiro e também com amigos produtores. 

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